O dono do salão de festas em que uma advogada morreu ao cair de uma montanha-russa, no bairro do Tatuapé, zona leste de São Paulo, foi ouvido pela Polícia Civil nesta quinta-feira (28). Rodrigo Saraiva foi ouvido pelo delegado José Matalo Neto na tarde desta quinta. De acordo com a polícia, Saraiva procurou se defender e apresentou um documento mostrando que o brinquedo havia sido vistoriado.
– Ele disse que não notou nada de diferente no brinquedo [no dia do acidente].
Segundo a polícia, a vítima e o marido estavam sozinhos no brinquedo quando o carrinho em que eles estavam se soltou e caiu. O homem caiu sobre a mulher, de uma altura de 5 m. Os dois foram levados por uma ambulância ao Hospital Municipal do Tatuapé, porém a advogada, que teve traumatismo craniano, já chegou ao hospital sem vida. O marido dela teve apenas ferimentos leves.
O caso foi registrado no 30º DP (Distrito Policial) do Tatuapé. Agora, a polícia apura as responsabilidades pelo caso e para verificar se o brinquedo cumpria todas as normas de segurança. Neto afirmou que na próxima semana deve agendar a oitiva dos três sócios do salão de festas, a do fabricante do brinquedo e a de um freelancer que manuseava o brinquedo na hora do acidente.
– Eu vou depender do laudo [para checar as responsabildades]. O que queremos saber é porque o carrinho saiu do trilho.
O laudo ainda não está pronto, segundo Neto. O que se sabe até agora é que o dono do sacão será indiciado por desobediência porque o local funcionava indevidamente, já que estava interditado.
Outras três propriedades do mesmo homem também foram lacradas. No estabelecimento da zona leste, foram colocados blocos de concreto para fechar a área, já que as investigações não têm prazo para terminar.
Fonte: R7