Estão abertas as inscrições para 400 exames de mamografia gratuitos promovidos pelo Complexo Comercial Tatuapé, no Shopping Metrô Boulevard Tatuapé, na Zona Leste.
As interessadas terão até o dia 11 deste mês para se inscreverem no local: basta levar o documento de identidade. O evento faz parte da campanha Outubro Rosa, dedicada à prevenção e conscientização do câncer de mama.
Os exames serão realizados entre os dias 14 e 19 de outubro em um caminhão de mamografia, que ficará estacionado do lado de fora do complexo. A estimativa é de que sejam realizados 80 procedimentos diariamente. Os exames serão avaliados pelo Hospital de Barretos, especializado no tratamento de câncer de mama.
Autoexame
Foi por meio do autoexame que a publicitária Mariana Bonazzi, de 31 anos, descobriu um nódulo em uma das mamas. No segundo dia após a confirmação do diagnóstico de câncer maligno, Mariana viu sua vida mudar em meio a tantos exames e tratamentos pesados, como a quimioterapia.
“Meus cabelos caíram e tive de retirar uma mama. Mas isso não significou o fim e sim o início de uma nova vida”, afirma Bonazzi, que em oito meses conseguiu se curar e, hoje, faz o tratamento preventivo, que vai durar em média cinco anos.
“Apesar de importante, o autoexame não permite o diagnóstico precoce nem diminui a mortalidade do câncer de mama”, explica o mastologista do Femme Laboratório da Mulher Gustavo Badan.
O médico recomenda a realização do autoexame, mas orienta as mulheres a irem uma vez por ano ao mastologista para realizar exames de imagem, como a mamografia e o ultrassom, que são mais precisos.
Retirada preventiva do seio exige cautela
Após a atriz norte-americana Angelina Jolie assumir que retirou as mamas após o resultado de um exame genético ter indicado a possibilidade do desenvolvimento do câncer de mama, aumentou a busca por informações sobre a cirurgia.
O cirurgião plástico do Hospital Sírio-Libanês Alexandre Mendonça Munhoz, confirma que o interesse sobre a cirurgia redutora de riscos é maior agora, mas isso não impactou no número de procedimentos. “A cirurgia é recomendada por um mastologista apenas em casos específicos. Há efeitos colaterais que devem ser considerados, como problemas de cicatrização”, explica Munhoz.
O exame que detecta o gene mutante custa atualmente, em média, R$ 3 mil e o resultado positivo nem sempre leva à cirurgia. “A genética não é a principal responsável pela doença. A maioria dos casos (80%) estão ligados a fatores externos como obesidade, tabagismo e alcoolismo”, afirma o diretor do programa de reconstrução mamária da Universidade do Rio de Janeiro, Paulo Leal.
Estima-se que, neste ano, 50 mil mulheres sejam diagnosticadas com câncer de mama em todo o país.